Perfis de Investimentos: a experiência do PrevMais

Perfis de Investimentos: a experiência do PrevMais

O diretor financeiro do Economus — Instituto de Seguridade Social do Banco do Brasil, Paulo Leite Julião, foi o terceiro palestrante do I Seminário de Educação Financeira. Ele falou sobre os Perfis de Investimento do Instituto, que foi criado em 1978 como fundo de pensão da extinta Nossa Caixa, cujo patrocinador é hoje o Banco do Brasil.

Julião explicou que o Economus tinha, desde a sua criação em 1978 o plano BD – Benefício Diferido. Foi feito então o saldamento deste plano em 2006, ou seja, a interrupção definitiva do pagamento das contribuições ao plano, mantendo-se o direito à percepção proporcional do benefício originalmente contratado. De lá para cá, ele passou a ser corrigido pelo INPC.

No saldamento foi criado o plano PrevMais de contribuição variável, que tem,logicamente, uma característica muito mais moderna, com flexibilidade do regime tributário progressivo ou regressivo, planejamento de 2 a 8 % de contribuição e a contrapartida do banco que acompanha esse contribuição. E maior segurança da reserva individual, além dos benefícios programado e de risco.

Com o PrevMais, foi possível oferecer então aos participantes, conforme conta Julião, os perfis de investimentos. “Contrariando a pesquisa mostrada aqui pelo Ivan Corrêa, da Abrapp, nós podemos fazer de 4 em 4 meses a reopção, em janeiro, maio e setembro. Pelas nossas estatísticas, não há uma mudança muito intensa”,  afirmou.

O PrevMais oferece exclusivamente aos para o benefício de Renda Programada quatro perfis de investimentos: o conservador, com 100% em renda fixa; o moderado, com 85% em renda fixa e 15% em renda variável; o agressivo, na proporção de 70% e 30%, respectivamente; e o super agressivo, com 55% na fixa e 45% na variável. Segundo Julião, há uma disciplina muito rígida. Ao fazer sua opção, o participante é comunicado sobre o seu funcionamento. Quando a oscilação ultrapassa 2 pontos para cima ou 2 para baixo, o fundo de pensão compra e vende, de forma que a proporção que ele optou seja mantida.

“É uma disciplina interessante, porque você consegue, ao longo do tempo, uma rentabilização até maior. O participante tem consciência de que, se a bolsa cair muito, nós vamos fazer operações que permitirão atualizar esse percentual que ele nos autorizou a fazer”, coloca o palestrante.

 

Participantes contam com comunicação intensa para optar

Julião considera a comunicação com os participantes de suma importância nesse processo, mesmo que, nesse caso, eles sejam bancários – que teoricamente têm conhecimento mais profundo da área financeira. Para que essa comunicação seja efetiva, o PrevMais se utiliza de envio regular de informativos e notas via web, disponibiliza Cartilha para orientar sobre as características de cada perfil e sugere teste prévio de Adequação de Perfil para ajudar a indicar aquele mais adequado a cada participante. Ao lado disso, mantém um simulador de alocação de Montante Financeiro Individual (MFI) e disponibiliza quadro de rentabilidade dos vários perfis para que eles possam acompanhar a evolução.

Após mostrar o teste de adequação de perfil aos presentes, o diretor ponderou que a tendência é que a taxa CDI caia ao longo dos anos. Portanto, a possibilidade de ganhos com renda variável é cada vez maior daqui para a frente.O acumulado do IBovespa com CDI desde 2002 é uma prova disso, representa um ganho significativo, segundo ele. “É uma indicação de que, durante os anos que faltam para a pessoa se aposentar, a renda variável é extremamente importante para a formação de um capital maior . Nos Estados Unidos, a renda variável para esse tipo de fundo é altamente difundida – a maior parte dos recursos é investida aí”, destaca.