34º CONGRESSO DOS FUNDOS DE PENSÃO> A importância do evento e das plenárias

34º CONGRESSO DOS FUNDOS DE PENSÃO> A importância do evento e das plenárias

abrappFonte: Portal do Congresso dos Fundos de Pensão>Edição 2013

Apresentação: Aos 35 anos de história, a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – ABRAPP congrega, nacionalmente, 80% de todas as instituições responsáveis pela gestão e disseminação de uma tecnologia de ponta no planejamento integrado porque planos previdenciários são uma alavanca à sustentabilidade para a qualidade de vida em diferentes esferas: individual, institucional (privada) e oficial (pública).
É por seus resultados efetivos que, em 2012, o modelo foi adotado como política de Estado e, pela FUNPRESP, estendido aos servidores públicos da União, com a meta estratégica de difusão e universalização dessa estrutura para mitigar os riscos reais do Regime Próprio.
Muitos aprimoramentos exigem atenção dos operadores do Sistema de Previdência Complementar no Brasil: 20% dos trabalhadores com acesso a fundos de pensão ainda não aceitam o plano, o que pode indicar falta de reconhecimento das vantagens e valores do benefício previdenciário. Muitos optam pelo percentual mínimo de contribuição e resgate do patrimônio previdenciário, evidências da precariedade de acesso à cultura previdenciária.
Os empregadores ainda têm uma percepção parcial sobre a relação positiva entre plano previdenciário e aumento de produtividade, atração e retenção de talentos, renovação de quadros funcionais, proteção do trabalhador e sua família em relação a riscos transitórios ou definitivos presentes durante a construção da carreira profissional.
Do Estado, há que se buscar a padronização dos procedimentos de fiscalização, para que as EFPCs tenham referências claras das práticas positivas que vão desencadear a autorregulação. A desoneração dos custos administrativos tem que ser apelo mais eloquente para que empregadores e o próprio Estado, com seus planos, conquistem expressão junto à sociedade, competindo com vantagens ainda maiores sobre a caderneta de poupança, os planos previdenciários das entidades abertas e o consumo, que reconhecidamente catalisam os maiores incentivos: tributários, acesso ao crédito e visibilidade junto à mídia.
O posicionamento qualificado da gestão na compatibilização entre as novas taxas de juros e a remuneração do patrimônio previdenciário – utilizando novas técnicas e modelos de investimentos, consciente da necessária tomada de risco – é imprescindível à sustentabilidade do negócio. É preciso trabalhar com os novos padrões de longevidade. Aproveitar o aumento do poder de compra da Classe C e o bônus demográfico – que significa entrada de jovens no mercado de trabalho.
O 34º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão quer refletir ainda sobre a flexibilização e diversificação dos modelos e mecanismos de captação de recursos. A Educação Previdenciária permeia toda essa construção que tem por propósito a proteção do trabalhador, o desenvolvimento da economia nacional, mobilizando e conscientizando todos os seus atores sobre a importância da organização e da força de cada um em um processo de busca de efetividade na adaptação e compatibilização dos padrões globalizados do mercado financeiro. Avançar depende dessa postura que a ABRAPP incorpora em sua marca e proposta de posicionamento: força do coletivo, compromisso com o futuro!

A importância das plenárias

Qual o custo? Plenária discute a resposta

11/09/13

Alessandra Monteiro, Superintendente-geral da Previrb, falando no primeiro painel da manhã desta quarta-feira (11), sobre o tema “Integração do Sistema de Previdência Complementar com outros Produtos”, disse que o sistema precisa se preparar melhor para enfrentar o risco da longevidade. E uma forma de fazê-los, no caso das entidades que oferecem renda vitalícia, é um produto chamado Risco Coberto. Se o fundo de pensão contrata esse tipo de seguro, seria ressarcido pela perda gerada pelo fato de pessoas viverem mais. Qual o custo ? dependeria do grau de aderência do plano às hipóteses consideradas, do capital segurado e da própria entidade participar do risco.
Geraldo Magela, diretor da Mercer, observou que não se sabe se as empresas fugiram do risco porque desejavam fazê-lo ou acabaram fugindo por não dispor de produtos que as deixassem mais confortáveis., “As entidades devem se perguntar inclusive se vale a pena terceirizar os riscos”, disse. A terceirização, claro, protege contra incertezas, evita oscilações de custos, reduzir despesas e mesmo para ganhar escala. Mas chamou a atenção para o fato de que pode existir um descasamento entre as demandas dos fundos de pensão e o quanto as seguradoras cobram para atender a tais necessidades.

Portabilidade entre abertas e fechadas está perto

11/09/13

Elaine Castro, Coordenadora Geral da Diretoria Técnica da Previc, falando no primeiro painel da manhã desta quarta-feira (11), sobre o tema “Integração do Sistema de Previdência Complementar com outros Produtos”, adiantou que o grupo de discussão que reúne a Previc e a Susep já avançou bastante na discussão de uma proposta de regulamentação dos procedimentos operacionais que envolvem a portabilidade entre entidades abertas e fechadas e vice versa..Por outro lado, está se começando a discutir o compartilhamento de riscos entre entidades e seguradoras, Os estudos estão ainda em sua fase inicial,  com foco especialmente no desenvolvimento  do mercado de anuidades.Pregou a necessidade de flexibilidade para o sistema de preparar “para uma nova realidade que está chegando cada vez mais rápida”.

Plenária analisa dois produtos

11/09/13

No primeiro painel da manhã desta quarta-feira (11), sobre o tema “Integração do Sistema de Previdência Complementar com outros Produtos”, Thiago Gonçalves, membro da CTN de Atuária da Abrapp, centrou a sua apresentação em dois produtos, o PrevSaúde e o Seguro Dependência.
Quanto ao primeiro, a experiência alemâ mostra que o foco é o cuidado assistencial por parte das seguradoras. O produto existe desde 94. No seguro o produto é o mesmo, mas o nome é Seguro de Cuidados de Longa Duração, e o intuito continua sendo uma apólice vinculada a outro produto que oferece apoio. E de certo modo uma assistência às pessoas que pela idade ou doença sofrem uma redução de uma capacidade ou qualquer outra que determine perda da capacidade de a própria pessoa resolver sozinha os seus problemas. Para a CTN de Atuária, um produto desse tipo poderia talvez ser viável no Brasil, mas o custo parece ser um problema, ao lado da questão tributária.
Em relação ao PrevSaúde, sua necessidade existe porque as despesas com planos de saúde vem crescendo mais do que os valores dos benefícios, reajustados pela inflação. Uma situação que piora pelo fato de muitos participantes estarem esgotando antes da hora as suas reservas. Para a CTN de Atuária, relatou Thiago, o produto parece ser viável, mas a sua implantação depende de equacionamento da questão tributária. Cabe também definir as formas de cobertura.

O que a experiência internacional mostra

10/09/13

Na plenária “Experiências Internacionais de Sucesso: Inspiração para a Sustentabilidade da Previdência Complementar no Brasil”, o expositor Juan Yermo, da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) notou que a passagem de BD para CD torna ainda maior a necessidade de boas práticas de governança, notadamente a independência dos conselheiros. Na Austrália, os conselheiros são licenciados demonstrando competência e idoneidade. Pede-se também conhecimentos intermediaários da legislção previdenciário, conhecimento a respeito de práticas de investimento e um treinamento inicial antes de assumir o assento no Conselho. Nos últimos anos, com essas exigências mais rigorosas, o número de fundos de pensão caiu ao nível de uma quarta parte do que existia antes.
São necessários incentivos para o fomento dos fundos de pensão: missão única e clara/ stakeholder-chave, monitoramento eficaz e remuneração adequada, códito de conduta, responsabilidade legal e individual e regras para conflitos de interesse..
Economia de escala é fundamental numa boa governança, disse Juan,, de vez que alcançar tamanho suficiente para tirar proveito das economias de escala e adaptar a estrutura de governança e estratégia de investimentos ao tamanho do fundo de pensão. É também essencial estabelecer mecanismos eficazes de controle de custos. A experiência holandesa e australiana mostram uma dramática queda dos custos na medida em que o tamanho do fundo cresce.
A experiência internacional mostra também ser necessário comunicar melhor sobre as escolhas e suas consequências, não apenas informar mas também influenciar comportamentos individuais e estimular a confiança individual e do público. Uma tarefa nada fácil, considerando que já se apurou que 9 em cada 10 suecos  não levam em conta as informações que recebem de suas entidades. No Chile, um simulador está sendo implementado para mostrar que, dadas certas condições, existe uma cerca probabilidade de se alcançar o benefício alvo.
Juan citou por fim recomendações básicas sobre projeções de benefícios: simplicidade, informações individualizadas e adaptáveis, valores expressos em moeda ao invés de taxas de reposição, poucos números (porém contundentes), estilo e conteúdo adequados às diferentes faixas etárias e informação consolidada.
Robert Eicher, diretor da Towers Watson em Nova York, apontou tendências globais, como tudo tem que ser feito para aumentar a escala,  planos que atravessam as fronteiras e, quando as taxas de juros caem, o peso do passivo aumenta. E junto disso veio uma maior expectativa de vida. Entre 2001 e 2012 o dobro de patrocinadores passou a estar preocupado com o risco, “O risco aparece hoje com um dos principais fatores”.
Desenhos de novos planos são possíveis. Eicher falou da novidade que é o “CD coletivo”, uma espécie de pool de contas. A economia de escala ajuda nos custos. Referiu-se também ao “Plano de Benefício Alvo”, um produto  desenhado para o empregado poder calibrar melhor as contribuições de modo a alcançar dada expectativa de  valores a receber ao final.. “Mas o ponto comum de tudo isso é a sustentabilidade, porque todos querem entregar o que foi prometido”, disse Eicheer..
“CD é   cada vez mais o caminho do futuro, até por ser mais fácil de criar escala e trabalhar com mais flexibiloidade para os funcionários”, sublinhou Eicher.
Evandro Luis de Oliveira, da Towers Watson brasileira, trouxe pesquisa mostrando que 70% da população pesquisada não consegue tomar decisões,  20% até aceitariam tomar  decisões mas não o fazem e apenas 10% tomam as suas próprias decisões. Uma opção para o empregador é oferecer uma opção padrão para os 70%.
Conhecer melhor como as pessoas pensam é essencial porque a comunicação com o participante tem um impacto enorme nas decisões que ele toma. Nesse sentido, defendeu um desenho de plano em que contribuições e investimentos sejam autoajustáveis a meta definida pelo participante em termos de valor de aposentadoria, levando em conta as ocorrências da vida de cada um.. “Seria uma espécie de ciclo de vida individualizada”, explicou EvandroRH desenvolve produtos para entidades menores

RH desenvolve produtos para entidades menores

10/09/13

No painel “A Especialização na Gestão como Fator de Resultados”, Denise Carvalho Pires, Coordenadora da CTN de RH, notou que “o desenvolvimento do profissional das entidades não pode estar dissociado do mercado global”. Para isso, a avaliação de desempenho, pesquisa de clima organizacional e programas de treinamento, algumas ferramentas indispensáveis para utilização dos gestores nas entidades. Denise defendeu a importância da certificação dos profissionais de seguridade.Para facilitar a vida das entidades menores, com orçamentos mais apertados, a CTN está trabalhando o desenvolvimento de guias e manuais que ajudem os RHs dessas associadas.Ricardo Monte, diretor do Grupo de Permuta de Informações (Grupisa) expositor seguinte salientou a necessidade de as organizações fazerem a distinção entre o departamento de pessoal (mais operacional) e a área de recursos humanos (mais ampla e estratégica). Essa diferenciação é fundamental numa época de mudanças tão rápidas. Com o RH deixa-se de olhar apenas salários e benefícios, para se ver também o  treinamento, carreira e avaliação e gestão de desempenho.Programas são implantáveis em entidades de qualquer porte, basta que haja uma visão estratégica e um pensamento quanto ao futuro. “E não pode faltar, claro, a vontade de realizar”, concluiu Monte.Luiz Roberto Romero Gonçalves, consultor do ICSS, começou lembrando um fator é mais importante que qualquer outro quando se quer gerar resultados, é a capacitação. E ser capaz geralmente está ligado ao lado profissional, onde se depende não só do talento mas também do conhecimento.

O tempo trabalha a favor dos fundos de pensão

10/09/13

Na sessão plenária “Entendendo o Momento Econômico: Perspectivas de Futuro e os Grandes Desafios”, a primeira da manhã, Maurício Wanderley, diretor de investimentos da Valia, disse que as dificuldades atuais convidam à reflexão. Mas os fundos de pensão têm uma grande vantagem, que é o passivo de longo prazo, o que vai permitir planejar e nos esforçarmos mais pela diversificação dos ativos.
“O tempo está a nosso favor, até porque os retornos esperados são agora mais elevados”, disse. E apesar da volatilidade, as NTNs-B não são as vilãs. “E temos uma quantidade de títulos públicos e privados indexados à inflação como em nenhum outro lugar do mundo.
A diversificação, notou Maurício, vai trazer a necessidade de entendermos melhor as diferentes classes de ativos e os riscos envolvidos, os resultados possíveis, uma vez que diversificar é algo que trará maior volatilidade. “Isso é mais importante do que ficar preocupados com os resultados do mês, a performance no curto prazo”, afirmou. A visão de curto prazo deve ficar de fora da alocação estratégica.
Informou que a Valia trabalha com 15 fundos de private equity, já tendo investido efetivamente perto de R$ 500 milhões, mas o valor comprometido já ultrapassou o dobro disso.
De 2008 para cá, a rentabilidade da entidade superou em perto de dois pontos percentuais a meta atuarial.
Maurício Wanderley encerrou recomendando esquecermos  o curto prazo, diversificar os ativos  e sabermos  trabalhar com a volatilidade.

Economia brasileira deverá crescer 2,5% em 2013.

10/09/13

Regina Nunes, diretora da Standard e Poor`s, expositora na primeira plenária da manhã, concordou ser essencial reduzir a carga tributária,  Segundo ela, o País tem a seu favor  instituições políticas bem estabelecidas e economia diversificada, mas tem contra si divida relativamente grande do governo, grande demanda por investimentos em infraestrutura e impedimentos estruturais.. “É pequena a flexibilidade fiscal”, disse.
Regina disse que a sua empresa prevê um crescimento de 2,5% para o PIB brasileiro em 2013 e de 3% em 2014.

Gianetti: De olho no futuro

10/09/13

Na sessão plenária “Entendendo o Momento Econômico: Perspectivas de Futuro e os Grandes Desafios”, a primeira da manhã, Eduardo Gianeti, pensador econômico e escritor, começou dizendo estar o Brasil enfrentando uma combinação de baixo crescimento, inflação pressionada na vizinhança do teto e contas externas deterioradas. “O Brasil vive uma situação de reversão de expectativa”, disse. E isso apesar dos estímulos monetários e fiscais. O País passou rapidamente de um superávit em conta corrente para um déficit.
Tal reversão de expectativa foi causada por fatos externos, problemas estruturais internos e política econômica equivocada. A causa externa tem a ver com a recuperação americana, fruto do ajuste fiscal e que já mostra uma forte redução no endividamento das famílias. Com a economia se recuperando, os investidores globais se voltam outra vez  para os títulos dos EUA, o que reduz a oferta de recursos para os emergentes. Na outra ponta, as economias emergentes perdem ímpeto, entre as quais a chinesa, que vinha turbinando a economia brasileira. Felizmente, a China parece estar conseguindo manter um crescimento acima de 7%.
A economia brasileira está se ressentindo mais do que as dos demais países emergentes, observou Gianeti. A causa estrutural é a drenagem dos recursos do setor privado para o público. O Estado brasileiro tem déficit nominal de 3%, além de uma carga fiscal de 36%. Assim, 39% do PIB passa pelo Estado, que só vem investindo na média dos últimos anos pouco mais de 2% do PIB.
Quanto à política econômica, está perdendo a sua credibilidade. “Perdemos nitidez e eficiência. Ninguém mais acredita em superávit fiscal, considerando as maquiagens”, afirmou.

Mendonça: cabe somente às entidades decidir sobre investimentos em infraestrutura

10/09/13

“As associadas que estudam investimentos em infraestrutura tem as suas razões para fazê-lo e profissionais qualificados para avaliar as diferentes opções”, disse ontem o Presidente da Abrapp, José de Souza Mendonça, durante a entrevista coletiva que concedeu a quase duas dezenas de jornais e revistas. Mendonça acrescentou: “A Abrapp jamais as criticaria por isso, como de resto a qualquer outra entidade por outro investimento que esteja pensando em fazer”. Mesmo porque, disse, a alocação de recursos é questão sobre a qual cabe apenas às filiadas decidir, sem interferências da Abrapp.
Mendonça disse ter certeza de que nenhuma associada se curvaria à uma eventual pressão política em favor de um ou outro investimento, seja em infrraestrutura ou qualquer outro. “Para as entidades na hora de investir importa apenas averiguar a rentabilidade e a segurança contratual, entre outros aspectos aos quais os investidores precisam estar atentos.
O Presidente da Abrapp lembrou inclusive que “investimentos em infraestrutura atendem a um aspecto interessante para os fundos de pensão, uma vez que são alocações de longo prazo, algo que casa com a característica que as entidades têm de ser investidoras de horizonte mais dilatado”.
Tanto a Abrapp acredita que os investimentos em infraestrutura precisam ser examinados em profundidade, que vem convidando as associadas desde a semana passada para um seminário que irá realizar sobre o tema no próximo dia 18, em São Paulo. O evento terá lugar no Meliá Jardim Europa, localizado à Rua João Cachoeira 107, no Itaim Bibi, das 11 h às 13h 30.
O seminário “Projetos de Infraestrutura no Brasil” terá como palestrantes Nelson Siffert Filho, Superintendente de Infraestrutura do BNDES e Dyogo Henrique de Oliveira, secretário-executivo interino do Ministério da Fazenda. O evento trará valiosas informações sobre a formação de projetos e o desenvolvimento de instrumentos para deles participar.

Caminhos para uma previdência complementar sustentável

9/09/13

Na plenária “Sustentabilidade da Previdência Complementar Fechada-Ações Integradas”, Carlos Eduardo Gabas, Secretário-Executivo do Ministério da Previdência disse não ver que a Previdência Complementar esteja estagnada no Brasil. Afinal, se por um lado o número de entidades cresceu pouco, o de planos aumentou muito mais acentuadamente. Mas, reconheceu que ainda falta no País uma verdadeira cultura previdenciária, o que evidencia a importância da educação previdenciária.
Mais importante, disse, é a defesa intransigente do contrato previdenciário, ameaçado por questionamentos recorrentes no Judiciário. Às empresas deve ser oferecida segurança e flexibilidade, para que não haja surpresas nem seja passada ao empresário a sensação de que está preso irremediavelmente a um plano.
“Mas o sistema está consolidado, firme e conta com normas muito bem construídas”, opinou Gabas.
Após se definir como “um otimista”, o presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp, Fernando Pimentel, disse que o sistema é vitorioso. E o próprio contrato previdenciário já é melhor compreendido no Judiciário. E defendeu que o sistema já está preparado para a autorregulamentação.
Jaime Mariz, Secretário de Políticas de Previdência Complementar, disse ser verdade que o sistema teve um crescimento modesto nos últimos anos, em compensação demonstra ter raízes consolidadas.
Além disso, há um grande número de empregados de empresas que patrocinam fundos de pensão e, no entanto, não participam dos planos oferecidos por seus empregadores, constituindo por isso mesmo um enorme público potencial para ingresso na previdência complementar. Há também sindicatos que ainda não instituiram planos, sem esquecer que a Previdência C
A judicialização, explicou o juiz Fábio de Souza e Silva, é fruto de uma decisão política do País, que na Constituição de 88 optou por colocar o Judiciário de fato acessível a toda a sociedade. Não se trata agora de fechar esse acesso, mas  de aprendermos todos a lidar com ele. E nos adaptarmos. “O Juiz não é inimigo. Apenas são chamados a decidir sobre assuntos a respeito dos quais não têm inteiro conhecimento”, comentou Souza e Silva.
Sérgio Cutolo, da Anbima,  notou que o Estado precisa abrir espaços para que a Previdência Complementar cresça no Brasil. O setor estatal precisará retroceder.
Lembrou também que previdência complementar é coisa de longo prazo e precisa conviver com as flutuações, as volatilidades. Algo muito diferente das décadas que passamos sem risco, acostumados aos títulos públicos seguros e corrigidos. Notou por fim que os investimentos em infraestrutura oferecem uma oportunidade.

Fonte: Portal Abrapp>34º. Congresso dos Fundos de Pensão>Diário digital