Emissão de títulos sustentáveis bate recorde

Emissão de títulos sustentáveis bate recorde

Foram captados US$ 20 bilhões nos últimos dois ano

As emissões de títulos ligados a projetos de sustentabilidade ou a metas de governança ambiental e social bateram recorde no Brasil. Segundo estimativas divulgadas ontem (26) pelo Banco Central, em 2020 e 2021 foram lançados US$ 20 bilhões por meio desse tipo de papel.

Com base nos dados da  consultoria Natural Intelligence (NINT), o BC constatou que o crescimento é exponencial. Entre 2015 e 2019, a emissão de títulos sustentáveis somou cerca de US$ 6 bilhões, um terço do registrado nos dois anos seguintes.

De acordo com o Banco Central, o Brasil responde por pouco mais de 1% das emissões de títulos sustentáveis do mundo, que somaram US$ 1,6 trilhão em 2020 e 2021, sendo que no caso brasileiro as empresas não financeiras são as principais emissoras de títulos sustentáveis. Desde 2016, elas concentram 88% dos papéis desse tipo lançados no mercado externo e 89% do volume doméstico.

A maior parte dos recursos levantados vem do exterior. O mercado internacional representa 74% do volume financeiro arrecadado pelas empresas desde 2015, com o mercado doméstico respondendo pelos 26% restantes.

Juros sobem e Bolsas caem

Em dia de profunda aversão ao risco, ontem os juros subiram e as bolsas caíram no Mundo e no Brasil. No caso brasileiro, as incertezas foram agravadas pela proximidade das eleições.

Os juros DI para 2023 tiveram suas taxas ganhando três pontos-base, a 13,70%, e os para 2025 viram as suas ganharem 20 pontos, a 11,82%. Os DIs para 2027 e 2029 ganharam, respectivamente, 27 e 28 pontos, a 11,68% e 11,81%. Os rendimentos dos DIs para 2031 subiram 26 pontos, a 11,88%

Comentários pessimistas, vindos de atores relevantes, pioraram o cenário. ““Temos múltiplas crises, choques simultâneos, como choques de energia, do clima, de preços de alimentos, atingindo os países ao mesmo tempo”, disse a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala,ao afirmar que o Mundo está ingressando em um quadro recessivo

Resultado pior que o esperado

É interessante que investidores saibam que o Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 4,1 bilhões em julho, impactado por um aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior e um recuo nos saldos comercial e de serviços frente ao mesmo mês do ano passado, informou o Banco Central ontem (26).

O mercado apostava em um superávit de US$ 500 milhões.

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