Fundos de Pensão:Pesquisa sobre campanhas de adesão

Fundos de Pensão:Pesquisa sobre campanhas de adesão

pesquisaCAMPANHAS DE ADESÃO VÃO GANHAR REFORÇO: Fomento é prioridade para o nosso sistema e as entidades vão ganhar já no primeiro trimestre de 2014 uma ferramenta poderosa para ajudá-las a crescer. E diga-se que esse crescimento será justamente junto a um público que até hoje nunca se entendeu muito claramente porque não adere aos planos, o formado por empregados de empresas patrocinadoras.  A não adesão nesses casos é difícil de compreender, mas já no começo do ano que vem as associadas receberão um manual que irá orientá-las em suas campanhas para despertar esses participantes potenciais. A publicação está sendo produzida pela Comissão Técnica Regional Sul de Comunicação e Marketing.
O manual parte de uma pesquisa que a Comissão realizou para melhor conhecer o perfil desse público, que estranhamente resiste à ingressar nos planos, apesar de dividir  o custeio pelo menos meio a meio com as empresas patrocinadoras. Magdarlise Dal Fiume Germany, Coordenadora da CTR, explica que os pesquisadores não foram atrás das alegadas motivações desse pessoal para não participar porque, de forma geral, os motivos citados são sempre os mesmos: falta de capacidade de poupar e dificuldade de entender o que lhe é oferecido.
A pesquisa, esclarece Magdarlise, foi realizada com rigor técnico, a começar da definição do universo e da amostra, de modo que os resultados alcançados fossem muito além do que permitiria um levantamento sem esses cuidados. Com o patrocínio da Icatu Seguros e da Mirador Consultoria Atuarial foi então possível realizar um trabalho com a complexidade e fartura de dados que ensejarão a produção de um manual suficientemente útil para vencer a barreira do imobilismo desses não participantes.
A pesquisa coloca em dúvida muitos dos argumentos que esses não participantes usam para recusar a adesão aos planos. Nada menos de 66,9% têm pelo menos nível superior completo, algo que favorece uma capacidade mínima de entendimento e um padrão razoável de educação previdenciária. Tampouco parece verdadeira a alegada incapacidade de poupar. No caso de 66,5% sobra dinheiro no final do mês e, desse grupo, 60% consegue poupar.
Tal poupança é canalizada em 67% dos casos para a caderneta, mas uma porção razoável (19%) vai para investimentos em imóveis, que pedem um maior grau de sofisticação no momento da tomada de decisão. Para as rendas fixa e variável são  mandados 6,9% do que é possível guardar todo mês.
Os dados apurados pela pesquisa, observa Magdarlise, oferecem indicações seguras quanto aos canais que devem ser empregados para se atingir esse público refratário, que na hora de investir ouve em 40,4% dos casos pessoas da própria família. Outros 29,5% se valem do aconselhamento de profissionais.
As campanhas destinadas a motivar a adesão devem levar em conta também o fato de que 93% das pessoas utilizam e-mail, 87% o Google e 54% o Facebook, que se tornam, assim, canais recomendados para uso.
As respostas à pesquisa, nota Margdarlise, mostram ainda que o público prefere produtos flexíveis e simples de entender, que permitam várias possibilidades à medida em que a vida entra em uma nova fase. Diário dos Fundos de Pensão