29 ago Investimentos no Exterior> Um olhar para Renda Fixa
EXTERIOR: DE OLHO NA RENDA FIXA-Entidades de Minas que, juntas, buscam saber mais para poderem começar a investir no Exterior, viram reforçada a impressão inicial de que a renda fixa, e não apenas a variável, pode ser uma opção interessante. Em reunião dias atrás em Belo Horizonte, sete casas gestoras apresentaram os seus números e formas de trabalhar para diretores de investimentos de 11 associadas locais, tendo o fundo de renda fixa de uma delas rendido 134% em reais, livre de taxas, de 2007 para cá. Tal retorno obviamente supera a meta atuarial.
Para Gualter Oliveira Moreira, Coordenador da Comissão Técnica Regional Leste de Investimentos, a explicação disso passa pelo fato de não faltarem nos mercados europeu e norte-americano papéis que, mesmo oferecendo ratings menores e por esta razão estando obrigados a pagar rentabilidades maiores, são mesmo assim amplamente seguros. Muitos deles são emitidos por empresas de muita força e tradição, distantes de qualquer eventual suspeita de default. “Assim, é possível ganhar-se mais com menos risco”, sintetiza Gualter.
Um desses fundos de renda fixa, cujos investimentos estão concentrados em papéis de empresas com ratings “B” e suas subclasses, algumas com “triple C” (o mínimo admitido) e poucas “A”, registrou nos últimos nove anos apenas 0,20% de default. Não há paralelo possível com a realidade vivida no Brasil. É a enorme massa de títulos disponíveis nesses mercados que torna possível a existência de opções de baixo risco mas capazes de remunerar de forma mais atraente. Nessa carteira, as aplicações estão concentradas em segmentos como comunicação, consumo e energia, em mercados como EUA, Luxemburgo e Alemanha e, em partes menores, por outros 26 paises.
“E na renda fixa pode-se fazer com que o risco cambial funcione a favor do investidor brasileiro, usando a proteção de uma trava”, adiciona Gualter. Diário dos Fundos de Pensão>JSANTOS Consultores